Implicações e limitações cognitivas/afetivas na aprendizagem das reações químicasum estudo com alunos do 3º ciclo em Portugal

  1. Encarnaçao, Cristina María
Dirigida per:
  1. Roque Jiménez Pérez Director/a
  2. Vicente Mellado Jiménez Director/a
  3. Bartolomé Vázquez Bernal Director/a

Universitat de defensa: Universidad de Huelva

Fecha de defensa: 29 de de gener de 2016

Tribunal:
  1. Cristina Martínez-Losada President/a
  2. María Ángeles de las Heras Pérez Secretària
  3. Florentina Cañada Cañada Vocal

Tipus: Tesi

Resum

São inúmeros os desafios que se colocam às escolas no domínio do processo de ensino/aprendizagem das ciências, numa era dominada pelo progresso científico e tecnológico. Procurou-se debater o processo de ensino/aprendizagem do conteúdo reações-químicas na disciplina de Físico-Química no terceiro ciclo em Portugal. Neste caso, investigando os domínios metacognitivo afectivo e social, implementados e gerido em contexto de sala de aula e de como estes concorrem para a autorregulação dos alunos. A autorregulação da aprendizagem envolve o controle dos processos cognitivos, das emoções e do comportamento (Zimmerman e Schunk, 2011). A capacidade de escolha, bom processamento da informação, tomada de decisão, planeamento e responsabilidade pelas próprias ações são características essenciais dos estudantes autorregulados (Zimmerman e Schunk, 2011). O modelo da autorregulação da aprendizagem de Zimmerman (1986, 1989, 2000) teve como base a teoria sociocognitiva de Bandura (1986), cujo foco estava nos processos autorregulatórios sociais e motivacionais. O objetivo desta investigação foi dar resposta à pergunta: qual a capacidade autorregulatória dos alunos, especialmente o processo metacognitivo e os aspetos afetivos e sociais? Para isso foi acompanhado o percurso académico dos alunos dois anos seguidos compreendendo a Fase I e Fase II do estudo. De acordo com a orientação metodológica, os dados foram recolhidos por um questionário, entrevista e pela observação do contexto natural da sala de aula. No processo de tratamento de dados, foi realizada uma análise multivariante factorial ao questionário, com o objetivo de reduzir o número de itens e encontrar as correlações entre as dimensões em estudo. Para a análise das vídeo-gravações das aulas e entrevista aos alunos foram utilizadas tabelas de categorias. Assim foi possível identificar estratégias de autorregulação da aprendizagem nas entrevistas, de acordo com Zimmerma e Martinez-Pozo (1986), assim como ocorrências nos domínios metacognitivo, afetivo e social nas vídeo-gravações e nas descrições dos alunos. As hipóteses formuladas foram confirmadas, revelando o estudo forte relação entre os domínios metacognitivo, afetivo e social e a contribuição destes para o processo autorregulatório dos alunos. A autorregulação e o uso de estratégias de autorregulação da aprendizagem está diretamente relacionado com o desempenho académico dos alunos. Os aspectos metacognitivos estão correlacionados com a autoeficácia e a contextualização do conteúdo. Os alunos que apresentam limitações no seu processo autorregulatório, apresentam disfunções nas fases da autorregulação da aprendizagem. A seleção de atividades e a metodologia dirigida na aula tem impacto nos aspectos afetivos e sociais, condicionado a motivação a autorregulação e em último a aprendizagem do conteúdo pelos dos alunos.