La visión de Portugal en el viaje interior de José Saramago

  1. Correia de Sousa, Josete
Zuzendaria:
  1. Manuel Ángel Vázquez Medel Zuzendaria

Defentsa unibertsitatea: Universidad de Sevilla

Fecha de defensa: 2015(e)ko ekaina-(a)k 26

Epaimahaia:
  1. Antonio Chicharro Chamorro Presidentea
  2. María Jesús Orozco Vera Idazkaria
  3. Adrián Huici Kidea
  4. Antonio Sánchez Trigueros Kidea
  5. María Amor Pérez Rodríguez Kidea

Mota: Tesia

Teseo: 386600 DIALNET lock_openIdus editor

Laburpena

Este trabalho pretende demonstrar até que ponto o livro de Saramago, Viagem a Portugal, incorpora no seu cerne a dualidade de exterior e interior. Neste sentido, e através da utilização da técnica de close-reading foram selecionadas citações da obra em estudo como as mais representativas para ilustrar o que aqui se pretende evidenciar. Uma viagem que configura um processo ôntico materializado por constantes movimentos binários de exterior e interior, cujas redes comunicativas interatuam em conformidade quer com o viajante quer com o meio ambiente numa dimensão multidimensional complexa. Como tal, a viagem funciona como um operador cognitivo na medida em que o viajante em trânsito aprisiona, regista e processa os estímulos mais diversos da sua experiência para logo, os verter numa narrativa sentida e vivida. Para tal, o viajante enquanto sujeito percetivo evolui numa interação contínua e reversiva de sujeito/objeto, de interior/exterior que, por sua vez, é consubstanciado pela interpolação das sensações. Na verdade, a viagem representa a coordenada vital do funcionamento do sentido por onde o sujeito evolui. Neste contexto, a nossa capacidade cognitiva resulta de toda uma rede complexa de interdependências que se harmonizam de forma a traduzir quer as realidades internas quer externas da nossa presença no mundo. Finalmente, fica patenteado o carácter inclusivo da viagem pois, consubstancia o acesso ao conhecimento tanto do viajante como da realidade percecionada.