As culturas alimentares tradicionais e seu papel na manutenção da biodiversidade, da segurança alimentar e do patrimônio cultural e genético no território de identidade de Itapetinga-BA, Brasil

  1. Callegaro, Iara Do Carmo
Dirigida por:
  1. Xosé Antón Armesto López Director/a

Universidad de defensa: Universitat de Barcelona

Fecha de defensa: 10 de diciembre de 2013

Tribunal:
  1. Xavier Úbeda Presidente/a
  2. Miguel Pazos Otón Secretario/a
  3. Francisco Javier García Delgado Vocal

Tipo: Tesis

Teseo: 354885 DIALNET lock_openTDX editor

Resumen

Este estudo se justifica pela necessidade de resgatar a importância da diversidade alimentar e das culturas nativas para a manutenção da biodiversidade e agro biodiversidade, da identidade dos lugares, bem como da garantia da segurança alimentar das comunidades. Objetiva avaliar as espécies vegetais alimentares que já foram cultivadas e consumidas no Território de Itapetinga, avaliando a importância das mesmas na manutenção da diversidade cultural e genética local. A hipótese inicial é de que apesar da redução dos hábitos alimentares a um número reduzido de cultivos, que atualmente constituem a maior parte da dieta humana, o Território de Identidade de Itapetinga ainda mantém, de forma subliminar, parte do seu patrimônio imaterial alimentar e genético. Constitui um estudo qualitativo e teve como instrumentos metodológicos: o questionário, a entrevista estruturada, a observação simples, o registro fotográfico e o diário de campo. O universo de análise desta pesquisa é o Território de Identidade de Itapetinga, constituído de treze municípios da região Sudoeste da Bahia, dos quais foram visitados nove deles para registrar visualmente os produtos comercializados e a presença de agricultores (as), nestas feiras. Foram visitadas casa de farinha, onde se registrou o processamento da mandioca e elaboração de beijus em Itarantim e Itapetinga. A hipótese confirmou-se considerando que a cultura alimentar neste Território tem passado por modificações que acompanham a tendência da globalização alimentar, entretanto há ainda uma diversidade de alimentos associados ao patrimônio imaterial alimentar do Nordeste do Brasil relacionados à afrodecendência e a religiosidade, bem como à manutenção das feiras livres e do setor informal que ainda vive do cultivo, beneficiamento e comercialização de uma diversidade de espécies e produtos, que podem conter as bases para a valorização e o resgate da biodiversidade local.